quarta-feira, março 14, 2012

Meu nome é Priscila Isabel Rebicki Prestes

Faz já algum tempo eu comprei dois celulares em promoção que tava lá nas casas pernambucanas. Paguei 140 reais pelos dois, tava difícil pois precisava dar um recado ou outro pra Priscila na escola onde ela trabalha e as vezes não conseguia. Daí na loja a vendedora no final da venda disse que eu tinha que ligar prum certo número, estilo 0800 da operadora, pra poder cadastrar o celular. Do celular que iria ser meu, eu liguei munido de RG, CPF e endereço e cadastrei meu chip. Perguntei pra pessoa que me atendeu se eu poderia aproveitar e cadastrar o chip da minha esposa, e ela me disse que eu teria que fazer a ligação usando o chip dela.
Muito bem, eu coloquei o chip da Priscila no celular que hoje é dela e liguei lá pra operadora e me identifiquei como sendo o marido dela e pedi pra cadastrar o chip. A telefonista respondeu-me que era necessário que a própria pessoa que iria ser a dona do chip deveria ligar fornecendo os documentos, e que eu estaria proibido de cadastrar os dados dela. Eu disse a ela que ligaria novamente e falaria com outro atendente que me liberasse fazer o que eu queria. Ela não aceitou nem o fato que o celular seria um presente pra esposa que já iria receber o aparelho e utilizar sem precisar enfrentar os nhenhenhéns no 0800. Ela duvidou de mim e disse que eu não conseguiria cadastrar e nos despedimos cordialmente.
Quando eu retornei a ligação, um homem atendeu e perguntou o que eu desejava, eu imitei a voz de uma mulher e disse 'Olá meu nome é priscila isabel rebicki prestes'. O cara imediatamente respondeu: "Pode repetir seu nome senhor???" eu disse: 'meu nome é priscila isabel rebicki prestes'. A imitação tava pífia pra caraca e mesmo assim, com a voz embargada pelo riso, ele disse "espera um minutinho" (essa é uma daquelas cenas onde se imagina a pessoa do outro lado da linha segurando um cafezinho na mão direita e rosquinhas na mão esquerda e o telefone apoiado no ombro, e ao não conseguir segurar o riso dá aquele impulso pra frente e sai se cuspindo migalha pra todo lado).
É claro que enquanto o atendente não voltava eu rolava de rir no chão pois tanto eu quanto o cara sabiamos que a ligação era uma verdadeira farsa, então quando ele voltou ele perguntou: pois não senhora podemos voltar ao atendimento? a senhora tem o cpf e o rg? eu imitando a voz feminina disse que 'sim' e fui ditando número por número de cada um dos dois documentos. Depois ele disse "a senhora tem o endereço?" e com a voz feminina eu dizia o endereço e o cara respirava fundo do outro lado pra não soltar uma gargalhada na cara. Ele me fez mais algumas perguntas e deu outras direções e perguntou se eu desejava algo mais e eu disse "obrigada pelo atendimento" e nos despedimos.
Foi hilário naquele dia, a priscila e eu rolávamos no chão de tanto rir do fato, ela contou essa historia numa reunião de família eles racharam o bico lá também hahaha.
Eu tive que descomplicar uma coisa que eles complicam muito tentando burocratizar então tive que dar um jeitinho brasileiro pra desbaratinar tudo e consegui. Lição: As pessoas confundem organização com burocracia. Hoje a vida tá bem mais tranquila com o celular e tudo sempre acaba dando certo.

5 comentários:

Pri Rebicki Prestes disse...

kkkkkkkkkkk chorei de rir de novo só lembrando da história...c nao tem jeito amor...kkkkkkk

Ingrid disse...

Hahahaha, boa demais!

Thais Martins Fernandes disse...

hahahah. to chorando de rir aqui!
mto boa...

Capistrano disse...

Thais do céu foi memorável

Cristiano disse...

Cada uma, hahah, não teve jeito mesmo, eu não aguentaria e daria uma gargalhada